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Minha fofa inocente! |
" Alana FANTASIA, OU SEJA INVENTA, as agressões para chamar a atenção."
Eu fiquei catatonica, eu não consegui acreditar que todas as agressões e reclamações da Alana eram encaradas como invenção. Nós trabalhando a autoestima e confiança da menina feito loucos e vem uma pessoa supostamente no papel de educadora desacreditando a minha filha quando ela mais precisa de apoio!!!!!!!!
A única coisa que eu consegui dizer foi: "Isso é impossível. Alana não tem essa capacidade de inventar coisas ainda, principalmente pq ela não precisa da atenção dos adultos. Ela só pode repetir o que aconteceu, se não tivesse sido agredida não inventaria." Eu queria bater nela, bater muito e dizer que ela estava inventando aquele olho roxo pra chamar a atenção. Eu deveria ter feito algo, só não sei o que. Ela ficou repetindo a mesma frase (ela inventa) até eu parar de falar e eu parei. Fiquei horas sem falar nada. Chorei horrores. Não quero que ela volte pra escola. Ela adora a escola. Não quero que ela volte pra esta escola. Não tenho segurança de que será cuidada. Lembro-me de uma vez, qdo ela estava internada e o alarme dela tocava toda hora. Ninguem sabia pq, o oxímetro tocava o tempo todo. Trocamos de aparelho e continuava. Comecei a perceber que as atendentes só olhavam de longe, e nem se prestavam a ir até o berço ver se estava tudo bem. Fiquei apavorada, mas não sem ação. As UTIs neo não tem lugar pra sentar. As incubadoras são altas e os pais ficam em pé. Eu ficava em pé o dia todo. Tinha hora do descanso dos pais numa sala ao lado, com sofas e poltronas. Como ninguem me ouvia e ninguem fazia nada a respeito do oximetro e nada a respeito do desconforto dela eu agi. Eu pensava "se está alarmando algo está errado, tem que ter alguem aqui o tempo todo, temos que fazer mais exames". Uma médica chegou a dizer que ela queria chamar a atenção (um bebê de 4 meses, com 1,50kg!!!!!). Fui até a sala dos pais e arrastei um sofá até o meio da UTI diante dos olhos arregalados das medicas, mães e atendentes. Encaixei o sofa na frente da incubadora, deitei e peguei um livro ra ler. Fiquei no meio da uti, deitada num sofá. As pessoas tinham que desviar de mim pra entrar ou sair de lá. As mães que tinham coragem perguntavam o que eu estava fazendo e eu dizia: Estamos com poucos profissionais e minha filha precisa de alguem que cuide exclusivamente dela, pq ninguem sabe o que ela tem. Naquela noite eu fui pra casa e apareci as 3 da manhã sem avisar. Disse que estava insegura pq não sabia se alguem ia cuidar da minha filha direito. Quase matei a enfermeira de susto pq nao era comum os pais ficarem de madrugada. Ganhei o nome de A louca da UTI. Logo ela foi levada pra mais exames, e ganhou um quarto só pra ela. Estavam tentando isolar a louca pra que não houvesse uma revolução de mães que queriam mais atenção para seus filhos. As vezes ficava uma guria pra cuidar de 8 bebes!!!!! No final descobriram uma pneumonia (!!!!!!) e ela teve que ser entubada de novo. Isso levou a novos exames e um diagnóstico, o que resultou num tratamento e finalmente a alta. Então valeu a pena dar uma de louca. Mas e agora? Dou um de louca e faço o que? Tiro ela da escola? Com certeza! Reclamo pra quem sobre o assédio? Pro Papa? Frustrante, frustrante....Me sinto uma completa incompetente em não seguir meus instintos iniciais. Nunca gostei da profi, sempre a achei arbitrária, desatualizada, preconceituosa. Mas achava que ela gostava da Alana, agora nem sei, acho que suporta. Alana é um doce, mas tem uma mãe bem azeda. Achei que eu deveria dar uma chance e arrisquei colocando ela lá. Achei que era bom, mas não foi. Ela aprendeu um monte, evoluiu, mas agora acho que não é mais o lugar pra ela.Vamos procurar outro e vamos achar, se Deus quiser.