sábado, 27 de novembro de 2010

Indigo e cristal.

Estive lendo sobre crianças índigo um tempo atrás. Acho que todos os pais acham seus filhos especiais. Alana nasceu especial. Nasceu prematura. Era um especial que a gente preferia nao ter que enfrentar. Mas aconteceu e a gente teve que passar por isso pra ter nosso bebê em casa. Daí ela começou a crescer e eu achava que ela era o máximo. Básico, todas as mães acham. Poucas tem o equilibrio de achar que seu filho é igual a todos os outros. Eu não achava, ela era diferente e eu não sabia explicar porque. Fui ler, achei as tais crianças índigo. Depois do terceiro livro descobri que eu era muito mais índigo que a Alana. Ela não tinha nada de índigo, nada. Eu era super índigo, mas adulto não tem a menor graça. Adulto índigo é mal educado e metido a besta, isso sim. Mas eu não estava procurando nada de especial em mim, afinal me conhecia bem. Queria saber dela. Com o tempo descobrimos que o especial era "especial". Asperger. Foi difícil, muito difícil. Como diria o Robertão, sofri, chorei, tanto que nem sei. Passado o susto, a tristeza, vamos as soluções. Tudo foi dificil, caro, e cansativo. Ainda temos coisas a fazer, mas estamos bem melhor encaminhados e acessorados. Não to satisfeita ainda, mas vamos chegar lá. Faltam pequenos ajustes. Comecei a achar que o "especial" não é tão ruim quanto eu pensava e acho que minha filha é uma flor de criatura. Todo mundo que a conhece acha isso. Mas, alertada pelo meu marido, conclui que as pessoas são educadas e elogiam nossos filhos porque sabem que amamos quando isso acontece. Diziam que ela era um amor, que era diferente, que era especial, mesmo antes de a gente saber disso. Até hoje dizem: Alana é uma figura. Amorosa e divertida. Na escola as vezes vira uma fera, a professora sofre, mas era de se esperar, devemos achar maneiras de controlar esses ataques de furia. Daí, que eu fuço o blog dos outros em busca de outros blogs maternais. E achei um blog onde uma mãe desabafa sobre seu filho. Achei que o filho dela parecido demais com a alana. Deixei um post, morrendo de medo de ofender, falando sobre as semelhanças e o asperger, porque essa mãe nao tem ainda um diagnóstico para o filho de 5 anos. E um dos comentarios das amigas dessa mãe diz que o filho dela é uma criança Cristal. WFT??? Fui procurar e resumo da ópera: crianças novas estão nascendo, as índigo e as cristais. As índigo são confrontadoras e rebeldes, serão líderes mundiais e odeiam mentira e falsidade. Começaram a aparecem a cerca de 100 anos. As cristais são pacificadores e amáveis. Carinhosas e introspectivas. Artistas, vieram continuar as mudanças começadas pelas índigo. Começaram a aparecer depois do ano 2000. Segundo os defensores dessas teorias essa crianças são erroneamente diagnosticadas como especiais. As índigo como TDAH e as cristais como ASPERGER. A minha dúvida é: num mundo super complicado, onde teorias alternativas são cada vez mais aceitas, não é perigoso dar nomes misticos a doenças e deixar de tratá-las por medo de que percam suas características especiais? eu tive medo de medicar minha filha, mas hoje vejo que fez diferença pra ela. Sei que outras mães preferem mudar a alimentaçao, mas sinceramente eu não tenho grana pra dar leite de 16 reais o litro pra Alana nao comer nada de origem animal. Eu não sei se melhora ou agrava, mas li sobre mudanças significativas no comportamento das crianças por causa da alimentação. Enfim, pelo menos estão tentando ajudar essas crainças a se adaptar sem perder suas característcas especiais e sua personalidade apaixonante. Nada contra novas teorias, mas tenho medo, porque sei que é mais bonito ser indigo ou cristal do que hiperativo ou autista. Mas não é tudo rótulo? Sou mais de assumir as responsabilidade para com a saude e desenvolvimento da criança cuidando para que ela não deixe de ser um indivíduo, que vá mudar o mundo ou que vá ser feliz. Hoje eu sei que estamos fazendo nossa parte pra melhorar o mundo e que ser feliz é o direito principal de qualquer criança e cabe aos pais principalmente (não totalmente) viabilizar isso da melhor maneira possivel.

6 comentários:

  1. Oi Nanci, jamais ficaria ofendida. Se você acompanhar o blog eu sempre me coloco contra qualquer tipo de preconceito. Isso inclui pessoas "especiais". A gente já andou por neurologista também, fizemos inclusive uma ressonância cerebral. O Bê nunca teve problemas na escola. É um pouco disperso, mas acompanha muito bem a turma, isso que nos chateou no judô. Ele é agitado, e estamos acompanhando. Se tiver algo mais sério, com certeza interviremos. Também não gosto dos rótulos. Somos espíritas e a ideia de um grupo de crianças diferente, seja lá o nome que tenha, não me soa estranho, isso não nos afasta das consultas médicas e avaliações. Obrigada por sua atenção, por se preocupar. Não fico chateada em nada, pelo contrário. Só veio somar, tanto o comentário quanto a postagem. Que sua Alana continue te trazendo muitas alegrias! Um beijo.

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  2. Oi Nanci,
    o importante é tratar sem preconceito na linha que você mais confiar. Assim eu penso. Fazendo, como você está fazendo, e a Tati também, o melhor de vocês para seus flihos serem felizes.

    Ah ... eu já fui de balé clássico a bar under ground, sem preconceitos. Nesse reveillon eu radicalizei e brinco com a coincidênci de ter encontrado o Antonio justamente nesse ano.
    OLha, aqui no Rio a coisa está feia na área dessas favelas. A polícia está fazendo um trabalho fantástico e está sendo apoiada pela população o que é mais importante. Nós estamos afetados emocionalmente pois é muito ruim ver isso ocorrendo com outros serem humanos. Estamos sobressaltados. Se ouvimos alguém gritando, levamos susto. Se vemos alguém correndo, levamos susto. Mas onde eu moro e em grande parte da cidade não estamos vendo diretamente os fatos, não vemos os bandidos, não ouvimos os tiros. Vemos pela televisão. Trabalho, escola, tudo continuou do mesmo jeito. As ruas estão um pouco mais vazias. Acho que as pessoas estão evitando correr algum risco por lazer. Estamos rezando para iluminar e proteger esses policiais, bombeiros e fuzileiros que estão fazendo esse trabalho difícil. Esses traficantes são o câncer e o trabalho que a polícia está fazendo é a quimioterapia. O Rio precisa passar por esse tratamento para se curar.
    Nós aqui estamos bem sim. Muito obrigada. Estamos rezando muito.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  3. Oi Nanci,
    deixei um selinho para você lá no blog.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  4. Nanci, muito obrigada pela visita!! Vc é muito bacana! Estou lendo sobre sua linda Alana e não sei muito sobre crianças índigo. Vou ler mais sobre isso. Ela é linda e tenho certeza que lhe enche de orgulho!!!

    Desejo que sua semana seja linda e cheia de alegrias!!!! Beijos!! Bela.

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  5. Oi Nanci, adoro ler teus posts sinceros. Concordo contigo que é um pouco perigoso alguns rótulos novos...
    Acho vc certissima em medicar a Alana, uma vez que tem o diagnóstico...

    Bjks com carinho,

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  6. márcia: to com saudades de ti, sério! que bom que vc vem nos ver, assim posso matar as saudades um pouquinho. não suma, ok? bjs e obrigada.

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Escreve que eu respondo! Vou responder aqui mas prometo fazer uma visitinha de volta!!!

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